Coleta do material aconteceu no início da
semana, por uma equipe formada por pesquisadores e técnicos
Lagoa Azul de Santarém
A pedido da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semma) da Prefeitura de Santarém, pesquisadores da Universidade
Federal do Oeste do Pará (UFOPA) coletaram amostras da água do que está sendo
conhecido como a “Lagoa Azul”, um tipo de açude localizado no bairro do Amparo,
dentro de uma área particular, onde há vários pontos de exploração mineral, que
podem ser vistos via imagens de satélite e também a caminho do local. A coleta
do material ocorreu na última segunda-feira, dia 21, por uma equipe formada por
pesquisadores e técnicos do Laboratório de Biologia Ambiental da UFOPA.
Proceder a caracterização da água quantos aos
seus parâmetros de qualidade microbiológicos e físico-químicos foi a meta dos
pesquisadores que analisaram alguns parâmetros no próprio local. “Nós
analisamos aqui o oxigênio, a temperatura e o PH, porque é importante a
aferição deles aqui no próprio local. No entanto, esses dados ainda não são
suficientes para uma afirmação sobre a qualidade da água para a balneabilidade
– conforme dispõe a resolução 274 do Conama, e nem quanto à resolução 357
também do Conama, que dispõe sobre a qualidade das águas superficiais e os
padrões de lançamento de efluentes. Outros parâmetros serão determinados em
laboratório, e, a partir de todas as análises, poderemos inferir sobre a
qualidade de forma geral. Porém o que verificamos in loco, é que a temperatura,
apesar da chuva, estava sim elevada. A quantidade de oxigênio é significativa.
O PH é bastante alcalino, e provavelmente isso está relacionado aos minerais
dissolvidos no fundo, que dá esse aspecto mais claro a ela”, adiantou a bióloga
Dra. Ynglea Goch, pesquisadora que também acompanhou a atividade.
Para o Prof. Dr. Reinaldo Peleja, coordenador
do laboratório de pesquisa que acompanhou a coleta no local, a caracterização
da água é fundamental, porém entender a origem, a formação e os fenômenos que
ocorrem na área também são importantes. “Na verdade, a cor verdadeira da água
da lagoa não é azul, esta coloração aparente é decorrente de um fenômeno físico
de absorção e dispersão da luz que ocorre na superfície de corpos d’água
transparente, potencializado pelo reflexo do fundo de argila branca da mesma.
Toda essa água acumulada formou um açude, uma cava abandonada que está
preenchida com o acúmulo da água de chuva”, explicou. Ainda de acordo com o
pesquisador, a conclusão das análises deve ocorrer até sexta-feira, dia 25. O
resultado da análise deverá ser entregue à Semma na segunda-feira, dia 28.
UFOPA RENOVA CONVÊNIO PARA CONCESSÃO DE
BOLSAS DA FAPESPA
Serão investidos quase um milhão de Reais na
concessão de bolsas de pós-graduação e de iniciação científica para a
comunidade acadêmica da UFOPA
A Universidade Federal do Oeste do Pará
(UFOPA) renovou o convênio com a Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa
(Fapespa), que visa ao fortalecimento de programas de pós-graduação e de
pesquisa, por meio da concessão de bolsas de doutorado, mestrado e de iniciação
científica para instituições de ensino superior sediadas no Pará. Para esta
nova etapa da parceria entre as duas instituições, a Fapespa aprovou a
concessão de 17 novas bolsas de pós-graduação e de 81 bolsas de iniciação
científica, totalizando R$ 960 mil Reais em investimentos para a comunidade
acadêmica da UFOPA.
De acordo com a Diretora de Pesquisa da
UFOPA, Delaine Sampaio da Silva, houve um aumento de 60% no número de bolsas da
Fapespa para a iniciação científica. “Do total de 179 bolsas PIBIC hoje em
vigência na UFOPA, 52 são da Fapespa. Com a renovação deste convênio,
passaremos a contar com 81 bolsas da Fundação, que serão implementadas a partir
do segundo semestre deste ano”, esclarece. No valor de R$ 400,00 mensais, as
bolsas de iniciação científica da Fapespa têm duração de um ano.
Segundo Delaine Sampaio, o Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da UFOPA recebeu este
ano cerca de 250 propostas de pesquisas submetidas pelos professores da
instituição. A lista com as propostas selecionadas será divulgada a partir do
dia 25 de julho e as bolsas serão implementadas até o dia 15 de agosto. “A
nossa meta e desafio são de, igualmente, investir em qualidade e não apenas em
quantidade. Por isso a PROPPIT está dialogando com a direção superior e com
outros atores visando a abertura de editais internos de fomento à pesquisa”, afirma.
Pós-graduação – A pós-graduação da UFOPA
também receberá nova quota de bolsas financiadas pela Fapespa. “A nossa
instituição foi contemplada com 12 bolsas para alunos dos cursos de mestrado,
no valor mensal de R$ 1.500,00 reais; e cinco bolsas, no valor mensal de R$
2.200,00 reais, que serão destinadas para alunos do curso de doutorado em
Sociedade, Natureza e Desenvolvimento”, informa o Diretor de Pós-graduação da
UFOPA, Manoel Roberval Pimentel Santos.
Segundo o diretor, as bolsas de mestrado
serão distribuídas entre os seguintes programas de Pós-graduação: Recursos
Naturais da Amazônia (PPGRNA), com duas bolsas; Recursos Aquáticos Continentais
Amazônicos (PPGRACAM), com uma bolsa; em Educação (PPGE), com três bolsas; e em
Biociências (PPGBIO), com seis. “Usaremos os mesmos critérios de concessão de
bolsas da Capes para selecionar os bolsistas”, explica.
Em março deste ano, a Pró-reitoria de
Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (PROPPIT) da UFOPA submeteu à
Fapespa uma proposta para concorrer ao edital de concessão de quotas de bolsas
de mestrado e doutorado destinado às instituições de ensino superior sediadas
no Pará. Segundo Manoel Santos, a Universidade já encaminhou toda a
documentação solicitada pela Fundação. “A previsão é de que o termo de
cooperação anual seja assinado ainda em julho e as bolsas sejam implementadas
até agosto deste ano”.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Ufopa
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