MULHER DIZ QUE NÃO HAVIA LEITO E, QUANDO FOI ATENDIDA, FILHA ESTAVA SEM VIDA.
Santa Casa de Anápolis admitiu o problema e
diz que está 'sobrecarregada'.
A auxiliar de produção Darlene Larisse
Ribeiro, 27 anos, que estava grávida de nove meses, denuncia que perdeu o bebê
em um hospital de Anápolis, a 55 km de
Goiânia, por negligência médica. Segundo
ela, não havia leitos para realização do parto e, após esperar por 18 horas,
sua filha morreu. “Na hora que eu cheguei lá era para ser feita uma cesárea,
mas eu fiquei todas essas horas esperando no corredor até ela morrer”, lembra.
A jovem buscou atendimento na Santa Casa de
Misericórdia de Anápolis no último dia 17. Ela afirma que sentia muitas dores,
mas mesmo assim o parto não foi realizado de imediato. Quando ela foi submetida
ao parto normal, o bebê já estava sem vida.
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Procurado pela reportagem, o chefe da
maternidade da Santa Casa, João Batista Gomes, admitiu que não havia leito
disponível para atender a gestante e, por isso, houve demora. “Não tínhamos
vaga na enfermaria e em nenhum outro local do hospital”, disse.
Gomes ressaltou que, por ser referência, o
hospital faz mais de 300 partos por mês e está enfrentando dificuldades para
prestar um atendimento com qualidade.
“A Santa Casa está sobrecarregada e não
tínhamos leito nem no pré-parto”, destacou.
Darlene denuncia negligência médica em
hospital de Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
de Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O pai do bebê, o segurança Ismael Aires da
Silva, 28 anos, disse ao G1 que a família vai recorrer à Justiça. “Ninguém do
hospital nos explicou os motivos do que aconteceu até agora e estamos esperando
o laudo do IML [Instituto Médico Legal] para saber as causas da morte. Depois,
vamos procurar os nossos direitos para que Justiça seja feita. A morte da minha
filha não pode passar impune”, disse.
Dor
Na casa da auxiliar de produção tudo já
estava preparado para receber a menina. Inconformada, Darlene lamenta a perda
da filha.“Foram nove meses de espera, sentindo ela mexendo dentro de mim, com
aquele amor de mãe que sempre sonhei”, afirma.
Aos prantos, a avó da criança, a dona de casa
Sirlene Ribeiro, diz que não entende os motivos que levaram a morte do bebê. “Não
tem como, eu estava esperando minha neta. Minha filha está sofrendo muito e
todos nós também”, disse.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
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