Líder do PSDB divulga nota em repúdio a ataques de Lula contra jornalistas
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), emitiu nota nesta quarta-feira (22) em repúdio às recentes agressões do ex-presidente Lula contra a imprensa. Em comício ao lado de Dilma Rousseff em São Paulo, o petista falou mal da imprensa e citou os nomes dos jornalistas Miriam Leitão, do jornal “O Globo”, e de William Bonner, apresentador do “Jornal Nacional”. “Agora somos nós contra eles”, disse Lula, se referindo aos profissionais. O líder tucano saiu em defesa da liberdade dos meios de comunicação, que cumprem seu papel com excelência. Leia a íntegra da nota de desagravo aos jornalistas:
É inegável a importância da imprensa no dia a dia do país e do mundo. É consenso também que qualquer democracia só existe de fato quando garante a existência de uma imprensa livre, sem amarras senão aquelas que são inerentes à profissão: honestidade, respeito aos fatos, isenção e espaço para o contraditório. Algo que a imprensa brasileira cumpre com excelência, é importante registrar. Aos que não concordam com o que é noticiado, estão garantidos em lei todos os meios legais para a interpelação, reparação e punição de eventuais excessos.
Desta forma, lamentamos profundamente o papel exercido pelo ex-presidente Lula nesta campanha e as recentes agressões desferidas por ele em diversos comícios pelo Brasil. No lugar de fazer jus ao posto que ocupou, exerce sua liderança da maneira mais nefasta possível: incita ao ódio e à perseguição aos jornalistas Miriam Leitão e Willian Bonner, citados nominalmente, além de atacar a imprensa de modo geral.
Lula finge ignorar o Relatório sobre Liberdade de Imprensa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), alertando que ocorreram 173 casos de violência contra profissionais e veículos de comunicação no Brasil no último ano – aumento de 27% em comparação ao anterior. Com sua atitude irresponsável, estimula o embate e coloca profissionais da imprensa em risco, especialmente os citados. Prenúncio da já declarada intenção do PT em promover o que chamam de “regulação da mídia” – um eufemismo para a censura sobre quem se atreve a criticar o Governo petista. Aliás, Lula apenas repete a tática do ódio que vem sendo utilizada sistematicamente, ao reduzir o debate político a uma disputa de classes, raças ou origem.
Quero ressaltar a admiração que nutro pelos profissionais da imprensa, independente de opção partidária/eleitoral ou veículo em que trabalha. Miriam Leitão, além de reconhecida crítica econômica e uma das mais premiadas jornalistas brasileiras da história, foi militante política, presa e torturada na década de 70. William Bonner, profissional competente e um dos principais âncoras da TV, conduziu com maestria entrevistas com os candidatos à Presidência, com firmeza, rigor jornalístico e isenção, ao ponto de ter sido elogiado por quase todos os partidos.
Faço, por último, um apelo ao ex-presidente Lula: participe do debate, com a cautela e o respeito que sua posição exige. Façamos uma campanha limpa, ao menos nestes últimos dias. Ao mesmo tempo, reafirmo minha solidariedade aos jornalistas, não apenas os citados.
Dep. Antônio Imbassahy (BA), Líder do PSDB na Câmara dos Deputados
(Da Liderança do PSDB na Câmara)
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