Ministro diz que ‘restrições desnecessárias’
impedem funcionamento. Derrubar exigência de caminhão contra incêndio é principal
medida.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil,
Moreira Franco, disse nesta quarta-feira (15) que o governo vai encaminhar ao
Congresso uma medida provisória para “eliminar restrições desnecessárias” ao
funcionamento de pequenos aeroportos na Amazônia Legal.
De acordo com ele, um dos objetivos da MP é
que os critérios de segurança sejam mais “flexíveis” para os aeroportos naquela
região, que normalmente são de pequeno porte e recebem poucos voos de aviões
pequenos.
A Amazônia Legal cobre 59% do país e é
composta dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins.
O ministro citou como exemplo a exigência, em
vigor hoje, de que um aeroporto tenha caminhão de combate a incêndio para poder
receber voos. Segundo ele, essa obrigação impede que muitos aeroportos da
Amazônia Legal funcionem, o que gera transtorno principalmente a comunidades
isoladas.
“Evidentemente que um aeroporto com tão
poucos voos, mas essenciais, deve ser tratado de maneira diferente daqueles que
têm que conviver com padrões tecnológicos superiores, como o aeroporto de
Guarulhos”, disse Moreira Franco.
O diretor-presidente da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, disse que a medida não vai deixar esses
aeroportos inseguros. Ele apontou que muitas cidades com aeroportos hoje
impedidos de operar não possuem corpo de bombeiro. Disse ainda que as aeronaves
pequenas, que operam ali, têm “menor potencial lesivo.” “Aquela comunidade não
consegue ter outra forma de movimentação. Se não tem bombeiro naquela
comunidade é preferível não ter voo nenhum?”, questionou Guaranys.
Por: Fábio Amato
Fonte: G1
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