O post de hoje, 1º de outubro, é sobre um
assunto bastante discutido internamente pelos profissionais de comunicação
social – jornalismo e publicidade- de Santarém, a desvalorização da imprensa
local (em outros lugares isso pode até ocorrer, mas vou escrever apenas do que
vivo e presencio diariamente).
É lamentável que uma profissão que exigi
tanto daqueles que trabalham nela, a criatividade - pra escrever, argumentar e
fotografar - sendo a principal, seja vista com tanto desdém. Mais triste ainda,
é passar quatro anos no banco de uma Instituição de ensino superior privada,
investido em um sonho que se concretiza numa realizada não esperada.
Não digo isso somente por conta das empresas
de comunicação de Santarém – jornais, sites, Tv’s, revistas, nem se fala, que
pagam miseravelmente mal aos seus funcionários (jornalistas formados recebendo
um salário mínimo, isso pode?). Refiro-me também a algumas empresas que
promovem eventos locais que chegam a oferecer apenas cortesias ou convites em
troca de divulgação. Porque em muitos casos, se o profissional não divulga, ele
é proibido de entrar no evento :O.
Porém, isso não ocorre apenas porque elas (as
empresas) assim querem, mas porque os ‘profissionais’ aceitam trabalhar – que
pra mim é se escravizar – nessas condições, muitas vezes desumanas e sem
garantias de nada, NADA.
Há muitas reclamações, mas nada se faz para
que essa realidade mude, evolua e se transforme. Nada vai mudar, enquanto a
categoria se permitir tais condições. E isso acaba por prejudicar os
profissionais que não se contentam com isso, porque deixam de trabalhar por
conta de que alguém que fez/faz/fará o serviço mais barato, e às vezes até de
graça, como uma empresária falou a um amigo fotógrafo, outro dia (ela achou
caro o serviço dele). Infelizmente quem perde é a população que recebe informações
muitas vezes distorcidas, textos mal feitos e jornais pessimamente produzidos
em suas residências. Não generalizo, tem ótimos trabalhos também, mais digo que
o amor a profissão e ao seu nome são as motivações maiores desses
profissionais.
Mas como diz um dos meus professores, isso é
questão cultural, e infelizmente vai demorar um pouco - muito- pra mudar essa
realidade projetada. E se mudar, espero estar viva pra vê.
Enquanto isso, trabalho pra mim aqui no blog.
Beijos, Bruna Jaqueline
Por: Bruna Jaqueline
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