Sete dirigentes da Fifa, entre eles o vice da CBF, José Maria Marin, foram presos na manhã desta quarta-feira sob suspeita de corrupção. De acordo com o New York Times, as prisões foram feitas à pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, alegando que os envolvidos no escândalo tenham gasto 150 milhões de dólares (cerca de R$ 470 milhões) em propinas desde 1990. Além do pagamento de propinas, os dirigentes são acusados de participar de lavagens de dinheiro, crime organizado e fraudes eletrônicas. Além de Marin, foram indiciados o presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa; Jeffrey Webb, o presidente da Federação da Costa Rica; Eduardo Li, um agente de desenvolvimento da Fifa; Julio Rocha, Costas Takkas, da Concacaf; Eugenio Figueiredo, ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, ex-presidente da Concacaf, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol e Jack Warner, ex-presidente da Concacaf. Dos investigados, foram detidos em um hotel de Zurique nesta manhã José Maria Marin, Jeffrey Webb, Jack Warner (ex-presidente da Fifa), Eduardo Li, Julio Rocha, Eugenio Figueiredo e Rafael Esquivel. Os outros sete indiciados, entre dirigentes e funcionários, continuam a ser investigados e novas prisões podem acontecer. Segundo a promotoria do caso, que atua em outros desdobramentos, também devem ser investigadas possíveis ligações sobre como foram escolhidas as sedes das próximas Copas do Mundo, na Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, e até que ponto essa propina foi determinante para selecionar os países escolhidos. De acordo com esse viés, o esquema de lavagem de dinheiro seria usado para a distribuição de verbas para os Mundiais que estão por vir. Um porta-voz da entidade, Walter Gregorio, garantiu, em coletiva nesta manhã, que nem Joseph Blatter, presidente da Fifa, nem Jerome Valcke, secretário-geral da instituição, estão envolvidos no processo. Colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos sobre o caso, a Fifa garantiu que, até o momento, não vai mudar o cronograma das eleições presidenciais, marcadas para esta sexta-feira, nem o planejamento Em ação conjunta entre as polícias norte-americanas e suíça, nove dirigentes e outros cinco funcionários foram indiciados por corrupção. Até o momento, sete responsáveis foram presos. Segundo o órgão, quatro envolvidos e pelo menos duas organizações já confessaram envolvimento, como é o exemplo de José Hawila, que admitiu envolvimento em lavagem de dinheiro em dezembro e, ao fazer acordo, devolveu cerca de R$ 473 milhões à entidade.
27/05/2015 - 09:18
Fonte: Gazeta Esportiva (foto:Rafael
Ribeiro/arquivo)
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