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segunda-feira, 11 de maio de 2015

PIRATAS ATACAM NOS RIOS DA AMAZÔNIA

Embarcações que navegam na Região Norte do Brasil têm sido alvos de grupo de criminosos

Operação da Polícia prende piratas nos rios da Amazônia

O Sindicado das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários do Amazonas (Sintraqua) divulgaram nota, na segunda-feira 04/05, informando que as embarcações que navegam na Região Norte do Brasil têm sido alvos de grupo de criminosos – os chamados piratas.

“Os furtos, roubos e ações violentas preocupam os setores de transporte fluvial de cargas e passageiros. Os piratas têm atacado em rios que banham os estados do Amazonas, Pará e Rondônia. Em alguns casos além de roubar, os criminosos assassinaram as vítimas”, informa nota.

As duas entidades sindicais da navegação cobram medidas governamentais de combate aos crimes nos rios. Os ataques de piratas, de acordo com a nota, ocorrem com maior frequência no Estreito de Breves, no Pará, que faz a ligação fluvial com os Estados do Amapá e Amazonas.

“Os navios e demais embarcações que passam pelo trecho são atacadas pelos piratas, dentre eles as balsas que trazem de Manaus componentes eletrônicos. Produtos de informática, combustíveis, botijões de gás de cozinha atraem as quadrilhas”, informam os sindicatos.

De acordo com o presidente do Sindarma, Dodó Carvalho, a situação no Estreito de Breves é crítica. “Temos muitos problemas com a insegurança na região do Estreito de Breves e no Rio Madeira. No território amazonense, a situação mais crítica é a partir do municípios de Borba, com casos de prostituição infantil e assaltos às embarcações. Os casos acontecem mais no período noturno. O garimpo, que favorece a criminalidade acima do município de Manicoré nos preocupa muito”, afirmou.

O Estreito de Breves também foi apontado como principal trecho onde há mais ocorrências de ataques de grupos de piratas pelo presidente do Sintraqua, Rucimar Souza. “O Estreito de Breves é um caminho por onde passam as embarcações de pequeno, médio e grande porte para chegar ao Pará. Uma área cheia de perigos e onde a maioria dos casos de ataques de piratas acontecem. Os piratas prendem a tripulação e cometem atos ilícitos. Antes de entrar no Pará, ainda no Amazonas, também os casos acontecem, mas com menos frequência. No trecho de Itacoatiara a Parintins o risco é maior”, afirmou o presidente do Sintraqua.

Os sindicatos informaram que há registros de ataques de piratas ao longo do Rio Madeira, no trecho que banha os municípios de Manicoré e Novo Aripuanã, no Sul do Amazonas. Os grupos de piratas, segundo ele, atuam, também, na Região Metropolitana de Manaus, que tem registrado vários casos, incluindo assassinatos. Em dezembro de 2014, os vendedores José Luiz de Souza, de 52 anos, e Antônio Marcos Carpino de Lima, 23, foram assassinados e esquartejados na embarcação que navegavam, no Rio Negro, entre Manaus e Novo Airão.

Na nota, o Sindarma e o Sintraqua cobram policiamento ostensivo nos rios e a criação de uma polícia federal fluvial para combater os crimes e diz que a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas divulgou que tem investido no reforço da estrutura operacional para policiamento dos rios com recente aquisição de 12 lanchas e que iniciará uma operação conjunta com as Forças Armadas e a Polícia Federal no Alto Solimões, até o final de maio deste ano.

A nota dos sindicatos também informa que, “segundo o Comando do 9º Distrito Naval, compete a Marinha fiscalizar, exclusivamente, a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica, conforme prevê a Lei de Segurança do Transporte Aquaviário (Lei 9.537 de 11 de dezembro de 1997)”.



Fonte: D24am e Edy Portela

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