PRINCESA ISABEL - "A
CULPADA"
Na época em que os portugueses começaram a colonização do
Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante
disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto,
esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em
defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a
fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de
negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se,
assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Processo de abolição da escravatura
no Brasil
Os negros, trazidos do continente Africano, eram
transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas
condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após
o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os
tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de
vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram
os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas
do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal
fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia
do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça
e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos
escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar
assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas
substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um
número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do
surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo aos proprietários, o
governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos.
O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte
anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de
1871). Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir de
sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos
Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de
1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos
negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a
escravidão no Brasil.
A vida dos negros brasileiros após a
abolição
Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou
muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para
que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e
assalariados. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito.
Prova disso, foi a preferência
pela mão-de-obra européia, que aumentou muito no Brasil após
a abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes dificuldades para
conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias
(moradia e educação principalmente).
Você sabia?
- 23 de agosto é o Dia Internacional em Memória do Tráfico de
Escravos e sua Abolição.
Texto extraído do site: WWW.suapesquisa.com - imagens
ilustrativas extraídas do google.
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