Professores e servidores
técnico-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA) entram em greve
na próxima quinta-feira, dia 28. A decisão foi tomada em assembleia geral
convocada, ontem, pela Associação de Docentes da UFPA (Adufpa). As
reivindicações são reajuste linear de 27,3%, reestruturação da carreira
docente, melhores condições de trabalho e valorização salarial de ativos e
aposentados. Com a confirmação do movimento grevista, a reitoria da instituição
será notificada e as atividades serão suspensas por tempo indeterminado.
O Comando Local de Greve (CLG) vai ser
instalado na terça-feira, 26, durante reunião na sede administrativa da Adufpa,
às 14h, que será aberta a qualquer docente da Universidade. No dia seguinte, na
véspera da greve, a Associação fará um café da manhã nos portões da UFPA.
Professores se concentrarão lá, a partir das 8h, para explicar as motivações da
greve e mobilizar a categoria.
Embora o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes) tenha se reunido recentemente com o
governo federal, as negociações não avançaram e a greve na UFPA faz parte da mobilização
nacional, explica Suelene Pavão, uma das diretoras da entidade. As assembleias
regionais acontecem até o dia 25 e várias universidades em todo o país devem
deflagrar a greve no dia 28. “Vamos participar, junto com os servidores
técnico-administrativos, da paralisação nacional no dia 29, que está sendo
convocada pelas centrais sindicais em todo o Brasil”, afirmou.
Ela destacou, ainda, que os servidores
técnico-administrativos irão aderir à greve, uma vez que a pauta está
unificada. Eles também pedem o reajuste de 27,3% e defendem, entre outros
pontos, a rejeição do Projeto de Lei das terceirizações e a não efetivação das
MPs 664 e 665, que modificam regras para seguro desemprego e pensão em caso de
morte. “A conjuntura está muito difícil, com os cortes do orçamento do serviço
público em geral. O governo tem anunciado contingenciamento de orçamento para
2015 e 2016. Esses cortes significam um retrocesso de conquistas”, completou.
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