O
locutor esportivo mais famoso do Brasil diz que vive 'no fio da navalha',
equilibrando-se entre a missão de 'animar a brincadeira' e ser inteiramente
fiel à 'realidade dos fatos'
Pedro
Dias Leite e Bela Megale
Galvão
Bueno: 'Tenho contrato até depois da Copa de 2018. Não tenho motivos para parar
agora'
Galvão
Bueno: 'Tenho contrato até depois da Copa de 2018. Não tenho motivos para parar
agora' (Marcelo Correa)
"O
mundo todo ainda nos ama e nos vê como o país do futebol por tudo o que fizemos
nestes quase 100 anos. Quem teve Garrincha e Pelé?"
Desde
1974, o Brasil ouve Galvão Bueno narrar a Copa do Mundo. Foram onze até hoje.
E, se depender dele, outras virão. O locutor esportivo chegou a anunciar que
não narraria mais Mundiais, mas mudou de ideia e acaba de renovar contrato com
a Rede Globo até 2019. Nesta entrevista, ele diz que a derrota épica do Brasil
para a Alemanha e a perda do hexa em casa não abalam a mística do país do
futebol e que não pode ser acusado de elogiar demais — seja a seleção, o
Felipão ou o Neymar. “As pessoas esquecem que estou lá para animar o
espetáculo.” Galvão Bueno recebeu VEJA para a conversa que se segue pouco antes
de embarcar para a Alemanha, onde vai narrar o Grande Prêmio de Fórmula 1 deste
fim de semana.
Derrotado
em casa, humilhado pela Alemanha e ultrapassado pela Argentina — o Brasil ainda
pode ser chamado de o país do futebol? Não há dúvida de que a derrota para a
Alemanha foi humilhante e que fomos ultrapassados pela Argentina. Mas a mística
da seleção não sofre impacto. O mundo todo ainda nos ama e nos vê como o país
do futebol por tudo o que fizemos nestes quase 100 anos, pela maneira com que
sempre jogamos. Quem teve Garrincha e Pelé? O que precisa ser feito é uma
revisão de valores, para que se possa retomar o caminho certo. Não se pode
confundir o desempenho de um time com a riqueza de uma história.
A
reação à derrota para a Alemanha por 7 a 1 foi exagerada? O apresentador
Luciano Huck, seu colega, chegou a dizer que aquilo foi o nosso 11 de Setembro.
Houve reações exageradas, sim. No caso do Luciano, eu falei na hora para ele:
“Pois é, Luciano, são coisas diferentes. Lá as consequências foram outras”. Mas
quem não erra na vida? Já falei um monte de bobagem. Nas eliminatórias da Copa
de 1990, eu me atrapalhei e narrei um gol errado. E comecei a dar desculpas. No
dia seguinte, o Armando Nogueira (jornalista esportivo morto em 2010) me chamou
e disse: “Você perdeu a maior chance da sua vida de ter sido simpático com o
telespectador e reconhecer o seu erro em vez de ficar dando desculpas”. Daquele
dia em diante, cada vez que erro, e sei que errei, reconheço e peço desculpas.
TV
Globo/Divulgação/VEJA
MATERIA COMPLETA NO LINK ABAIXO
http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/galvao-bueno-sou-um-vendedor-de-emocoes-narrador-desistiu-de-se-aposentar-e-tem-contrato-com-a-globo-ate-2019
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