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quarta-feira, 23 de julho de 2014

GALVÃO BUENO: 'SOU UM VENDEDOR DE EMOÇÕES.' NARRADOR DESISTIU DE SE APOSENTAR E TEM CONTRATO COM A GLOBO ATÉ 2019

O locutor esportivo mais famoso do Brasil diz que vive 'no fio da navalha', equilibrando-se entre a missão de 'animar a brincadeira' e ser inteiramente fiel à 'realidade dos fatos'

Pedro Dias Leite e Bela Megale
Galvão Bueno: 'Tenho contrato até depois da Copa de 2018. Não tenho motivos para parar agora'
Galvão Bueno: 'Tenho contrato até depois da Copa de 2018. Não tenho motivos para parar agora' (Marcelo Correa)

"O mundo todo ainda nos ama e nos vê como o país do futebol por tudo o que fizemos nestes quase 100 anos. Quem teve Garrincha e Pelé?"
Desde 1974, o Brasil ouve Galvão Bueno narrar a Copa do Mundo. Foram onze até hoje. E, se depender dele, outras virão. O locutor esportivo chegou a anunciar que não narraria mais Mundiais, mas mudou de ideia e acaba de renovar contrato com a Rede Globo até 2019. Nesta entrevista, ele diz que a derrota épica do Brasil para a Alemanha e a perda do hexa em casa não abalam a mística do país do futebol e que não pode ser acusado de elogiar demais — seja a seleção, o Felipão ou o Neymar. “As pessoas esquecem que estou lá para animar o espetáculo.” Galvão Bueno recebeu VEJA para a conversa que se segue pouco antes de embarcar para a Alemanha, onde vai narrar o Grande Prêmio de Fórmula 1 deste fim de semana.

Derrotado em casa, humilhado pela Alemanha e ultrapassado pela Argentina — o Brasil ainda pode ser chamado de o país do futebol? Não há dúvida de que a derrota para a Alemanha foi humilhante e que fomos ultrapassados pela Argentina. Mas a mística da seleção não sofre impacto. O mundo todo ainda nos ama e nos vê como o país do futebol por tudo o que fizemos nestes quase 100 anos, pela maneira com que sempre jogamos. Quem teve Garrincha e Pelé? O que precisa ser feito é uma revisão de valores, para que se possa retomar o caminho certo. Não se pode confundir o desempenho de um time com a riqueza de uma história.

A reação à derrota para a Alemanha por 7 a 1 foi exagerada? O apresentador Luciano Huck, seu colega, chegou a dizer que aquilo foi o nosso 11 de Setembro. Houve reações exageradas, sim. No caso do Luciano, eu falei na hora para ele: “Pois é, Luciano, são coisas diferentes. Lá as consequências foram outras”. Mas quem não erra na vida? Já falei um monte de bobagem. Nas eliminatórias da Copa de 1990, eu me atrapalhei e narrei um gol errado. E comecei a dar desculpas. No dia seguinte, o Armando Nogueira (jornalista esportivo morto em 2010) me chamou e disse: “Você perdeu a maior chance da sua vida de ter sido simpático com o telespectador e reconhecer o seu erro em vez de ficar dando desculpas”. Daquele dia em diante, cada vez que erro, e sei que errei, reconheço e peço desculpas.


TV Globo/Divulgação/VEJA

MATERIA COMPLETA NO LINK ABAIXO

http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/galvao-bueno-sou-um-vendedor-de-emocoes-narrador-desistiu-de-se-aposentar-e-tem-contrato-com-a-globo-ate-2019

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