Manifesto em Santarém contra construção de hidrelétrica no Rio Tapajós (Foto: Reprodução/TV Tapajós).
O ato público denominado “Mani-festAção
popular em defesa do Rio Tapajós e de seus povos” marcou o Dia Mundial da Água,
na tarde de ontem (22), em Santarém, oeste do Pará. O evento teve o objetivo de
protestar contra a construção de hidrelétricas no Rio Tapajós, entre elas, a
usina de São Luiz do Tapajós, que fica próximo ao município de Itaituba.
A Praça Tiradentes foi o ponto de concentração
da manifestação. Com cartazes e faixas, os participantes saíram em caminhada
pela Avenida Tapajós até a Praça do Pescador, chamando atenção para os impactos
ambientais que a região vai sofrer com a implantação de hidrelétricas.
A manifestação foi organizada pelo Movimento
Tapajós Vivo (MTV) e pela Pastoral Social de Santarém e contou com o apoio de
outras instituições e entidades sociais. “O Rio Tapajós está sendo ameaçado com
a construção dessas hidrelétricas então é importante todos os segmentos da
sociedade estarem juntos nessa luta. A gente precisa fortalecer essa luta para
mostrar que realmente tem pessoas preocupadas com a defesa do ambiente”,
ressaltou uma das coordenadoras do movimento, Valéria Bentes.
De acordo com a organização do manifesto, a
implantação de hidrelétricas no Rio Tapajós vai afetar diretamente seis
municípios do oeste do Estado, incluindo Santarém. “A primeira [hidrelétrica]
que é a de São Luiz do tapajós vai gerar um lago de 730 KM rio acima e o Rio
Tapajós vai baixar aqui. Como no verão acontece aqui, vai ser o ano inteiro
onde o Amazonas invade o Tapajós”, destacou o coordenador do movimento, padre
Edilberto Sena.
Estudantes pintaram os rostos para
manifestarem a insatisfação com o projeto de implantação de hidrelétricas. “Uma
situação dessa tem que ser bastante ampliada para as pessoas terem noção do que
está acontecendo na nossa região”, disse o estudante Rômulo Ferreira.
Usina hidrelétrica
A usina de São Luiz do Tapajós é o maior
empreendimento do tipo planejado no país para os próximos anos. Ela terá
potência de 8 mil MW (megawatts) e vai demandar investimentos estimados em R$
30 bilhões.
Por: ercio às 07:20
Marcadores: Protestos nas ruas
No G1 Santarém
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