NO BOSQUE DA VERA PAZ MATO E LIXO FAZEM DO LOCAL UM PÉSSIMO CARTÃO POSTAL
O início do período seco (verão amazônico)
trouxe à tona um grave problema de poluição em frente à Cidade de Santarém, no
trecho entre o Bosque da Vera Paz e a Praça Tiradentes. Para profissionais
ligados ao meio ambiente, o local se compara a grandes lixões. O índice de
poluição lembra rios de outros centros urbanos do País, como o Tietê, na grande
São Paulo.
Garrafas pet, sacos plásticos, copos
descartáveis, pneus, madeira apodrecida, sofás, teclados de computadores,
restos orgânicos, como verduras e legumes, pedaços de peixes e osso de gado são
vistos por quem trafega no cais de arrimo, na orla de Santarém. Uma grande
quantidade de urubus se concentra no local atraído pelos restos orgânicos. Essa
situação é revelada quando o nível do rio Tapajós diminui e a areia expõe o
lixo acumulado.
Considerado o rio mais belo do Oeste do Pará,
o Tapajós está se tornando horrível em frente à Santarém pela poluição que nele
contém provocada pela população imensa que mora no local. No Bosque da Vera
Paz, na orla, a quantidade de lixo é grande e o mau cheiro incomoda quem passa
pelo local.
Além do lixo jogado por passageiros de
embarcações e comerciantes do local, inúmeros bueiros que descem dos mais
diferentes bairros da cidade também contribuem para a poluição do rio Tapajós.
Diariamente são despejadas grandes quantidades de água poluída através dos
esgotos que vazam no Tapajós.
Em alguns pontos da orla lixo e restos de
animais provocam fedentina e assustam quem passa pelo local
Para especialistas em meio ambiente, o alto
índice de poluição além de prejudicar a qualidade da água e provocar riscos de
contaminação aos peixes e às pessoas, também deprecia o paisagismo em frente à
Santarém.
“Quando o pessoal vem, diz que Santarém é tão
bonita, mas é uma porcaria fedorenta, que não se pode nem parar nessa beirada,
com tanta imundice”, afirmou a aposentada Cléia Pereira.
A situação pode ser amenizada com a
conscientização das pessoas, assim como faz dona Senhorinha Farias. “Quando eu
viajo, sempre tenho um saquinho. Mas, eu vejo tanta gente tomar refrigerante e
jogar a garrafa na água”, denuncia. “Uma vez eu vi uma tartaruga enrolada numa
rede. A bichinha morreu. Pode até ser que tenha comido um plástico”, conta.
O caso é sério e deve ser olhado com bastante
atenção por nossas autoridades, principalmente pelo Ministério Público Estadual
e pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Infraestrutura.
Fonte: RG 15/O Impacto
Nenhum comentário:
Postar um comentário