Entre os dias 26 de setembro 01 de outubro,
servidores da Funai e do Grupo Especial de Fiscalização–GEF, do Ibama,
empreenderam mais uma operação no sul do estado do Pará contra a atividade
garimpeira ilegal, desativando um total de 21 Balsas, 7 escavadeiras
hidráulicas (PC), 5 caminhões, 1 caminhonete, 1 trator de esteira, 1 motor,
além de 46 estruturas de apoio ao garimpo.
A atividade garimpeira vem causando inúmeros
danos ao meio ambiente, bem como à saúde e à organização social da população
indígena Kayapó, e tornando insalubres as águas dos rios Branco e Fresco, que
banham os municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu,
estendendo seus malefícios a toda população desses municípios.
No mês de julho deste ano, a Funai com apoio
do Ibama, notificou os garimpeiros a deixarem a terra indígena, informando-os
acerca da ilegalidade das atividades. Como não houve a paralisação das
atividades garimpeiras no interior da TI, foi deflagrada, no último dia 26 de
setembro, uma operação com o objetivo de desativar todos os garimpos que afetam
o povo Kayapó. A ação teve como alvo principal os grandes garimpos de barranco
e as balsas que provocam o açoreamento e o envenenamento dos rios da região.
Esta operação corresponde a uma etapa de uma
série de ações previstas para a TI Kayapó, cujo objetivo é pôr fim aos garimpos
ilegais, garantindo assim, a proteção do meio-ambiente e o bem-estar à
comunidade indígena, bem como à população dos municípios afetados por essa
prática.
Cabe ressaltar que os prejuízos provocados
por essa prática ilegal ultrapassam os danos ambientais, envolvendo uma série
de outros crimes, os quais vão desde a formação de quadrilha, lavagem de
dinheiro, contrabando e descaminho, além da sonegação fiscal que afeta,
sobretudo, os municípios que deixam de arrecadar tributos.
A Funai e o Ibama continuarão combatendo os
garimpos ilegais em terras indígenas, atuando permanentemente por meio de ações
estratégicas.
Fonte: Funai
Por: Folha do Progresso
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