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domingo, 26 de abril de 2015

CAMINHONEIROS BLOQUEIAM RODOVIAS PELO 4º DIA NO NORTÃO, MÉDIO NORTE E SUL.


O protesto dos caminhoneiros com bloqueios de rodovias no Nortão, Médio Norte e Sul de Mato Grosso chegou ao 4º dia consecutivo. A assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, há pouco, ao Só Notícias, que, no momento, manifestantes interditam a passagem de caminhões e carretas com cargas não perecíveis na BR-163, em Nova Mutum (Km 598), Lucas do Rio Verde (Km 686) e Sorriso (Km 748). Há bloqueios também no Km 615, da BR-364, em Diamantino. Esta manhã, caminhoneiros também interditaram a BR-174, no entroncamento com a BR-364, em Comodoro (660 quilômetros de Cuiabá).

Ainda de acordo com a assessoria, policiais se deslocaram, esta manhã, para os pontos de bloqueios, no intuito de desmobilizar os manifestantes. A tropa de choque da PRF ainda acompanha a movimentação. “A intenção é desbloquear todo o Estado e desmobilizar os manifestos totalmente em 24 horas, especialmente na região Norte. Se não houver acordo, a tropa de choque pode ser acionada”.

No início da manhã, manifestantes liberaram a BR-364, em Rondonópolis, e a PRF prevê que não haverá novas interdições no local durante todo o dia. Na mesma rodovia, caminhoneiros que haviam bloqueado um trecho em Alto Garças, liberaram a pista ontem à tarde e, até o momento, não indícios de que novos bloqueios devam ocorrer no local. Em Guarantã do Norte, o tráfego na BR-163, foi liberado desde às 18h de ontem. Segundo a assessoria da PRF, líderes do movimento comunicaram aos policiais que não pretendem mais bloquear a rodovia. Em Nova Mutum, os caminhoneiros fizeram um intervalo ontem, às 14h, que durou até às 20h, quando houve novo bloqueio. No momento, os manifestantes permanecem concentrados na BR-163.

Motoristas de caminhões e carretas fizeram reuniões, em Sinop, porém, até o momento, não há bloqueio no município e nem previsão se os mesmos irão aderir ao movimento. Por enquanto, o tráfego na rodovia federal segue normal na cidade.

Conforme Só Notícias já informou, na sexta-feira, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos, cobrado pela categoria. A norma define que os estudos deverão ser submetidos à audiência pública, com parâmetros de referência em vigência de 12 meses, revistos anualmente. Porém, o órgão poderá rever os valores a qualquer momento.

Apesar da oficialização, um dos representantes do movimento do setor em Mato Grosso, Júnior Boscoli, reforçou que os bloqueios em rodovias continuam até o governo oficializar uma tabela para entrar em vigor em todo o Brasil. “Se o governo nos chamar para discutir, vamos conversar. Mas os bloqueios seguem até uma tabela ser definida, assinada e publicada. Não vamos mais acreditar em conversinha, porque foi o que houve até aqui. A tabela precisa ser aprovada pelo movimento no Brasil inteiro, não só por um Estado, como aqui, por exemplo”, disse ao Só Notícias.

Os bloqueios nas rodovias de Mato Grosso e alguns estados brasileiros foram retomados, na quinta-feira (22), após uma reunião entre caminhoneiros e ANTT terminar sem acordo sobre a instituição da tabela de frete. O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.

Na primeira manifestação dos caminhoneiros, em fevereiro, houve desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. Situação que deve voltar a ocorrer novamente com estes novos bloqueios.

26/04/2015 - 10:41
Fonte: Só Notícias/Herbert de Souza (foto:Só Notícias/Chico Tello/arquivo)

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