Com
objetivo de suspender os bloqueios das rodovias federais em sete Estados,
promovidos pelos caminhoneiros, que reivindicam, entre outras coisas, a redução
nos preços dos combustíveis, a
Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu nesta segunda-feira (23) entrar
na Justiça Federal com um pedido de liberação das rodovias bloqueadas. De
acordo com a AGU, a medida tem o apoio do Ministério da Justiça, por meio da
Polícia Rodoviária Fderal e da Força Nacional.
As
ações, segundo a AGU, foram ajuizadas nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do
Sul. O órgão informa ainda que pediu a
autorização da Justiça para que o Poder Público possa adotar "medidas
necessárias para garantir a circulação nas pistas e a fixação de multa de R$
100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o
tráfego".
Nas
ações, as procuradorias regionais da União argumentam que "os bloqueios
aumentam os riscos de acidentes e ameaçam a segurança de todos que precisam
utilizar as rodovias, além de provocarem graves prejuízos econômicos ao impedir
que cargas, muitas delas perecíveis ou perigosas, cheguem ao destino".
Cidades
de Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina já registram pontos de desabastecimento
de combustíveis devido aos protestos promovidos por transportadores e
caminhoneiros em rodovias do Brasil, segundo o Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), informou a
agência "Reuters".
"Por
enquanto são algumas cidades mais afetadas, algumas cidades menores e mais
distantes de pontos de suprimentos", afirmou o diretor de Abastecimento do
Sindicom, Luciano Libório. "Mas se permanecer mais um, dois dias, pode se
transformar em uma situação bem mais grave."
Os
protestos promovidos por transportadores e caminhoneiros contra os baixos
preços de frete e os custos com combustíveis prejudicam também o transporte de
outras cargas, incluindo produtos alimentícios, e o escoamento de produtos do
agronegócio em diversos Estados brasileiros nesta segunda-feira.
Da
Agência Brasil 23/02/201523h57
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