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Pesquisadores afirmam que o amor tem
comportamento parecido com o de uma doença
Apaixonar-se é uma questão de química.
Literalmente. Engloba uma série de reações corporais que cientistas acreditam
terem sido desenvolvidas para garantir a sobrevivência de nossa espécie. De
forma parecida com a de uma doença, os sintomas físicos são claramente
identificáveis: mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco
acelerado.
O amor também tem estágios diferenciados,
cada um ditado por uma série de substâncias químicas que detonam diferentes
reações físicas.
Há a fase da luxúria, um desejo sexual
básico, que pode progredir e se transformar em um "apego" mais comum
em longos relacionamentos.
Porém, um fato interessante é que, segundo
cientistas, os estágios não precisam ocorrer necessariamente nessa ordem.
"Você pode sentir uma forte ligação com
algum colega de escritório ou em seu círculo social e aí, meses ou mesmo anos
depois, as coisas mudam. De repente, você se apaixona por ele ou ela",
explicou à BBC a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, em Nova
Jersey (Estados Unidos).
Os diferentes estágios do amor não precisam
ocorrer na mesma ordem
Em cada um desses estágios, cientistas
identificaram grupos de substâncias químicas atuando. Eles são:
Estágio 1: Luxúria
A luxúria é "alimentada" por dois
hormônios: a testosterona e o estrogênio.
A testosterona, ao contrário do que se pensa,
não é restrita aos homens. Ela também tem um papel de destaque no desejo sexual
feminino.
Estágio 2: Atração
É neste estágio que as pessoas apaixonadas
não pensam em outra coisa. Elas podem até perder o apetite e dormir menos,
preferindo passar horas sonhando acordadas com seu novo interesse amoroso.
Isso é "culpa" de um grupo de
enzimas neuro-transmissoras chamadas monoaminas. Mais precisamente de três
delas:
Dopamina: Também ativada pela cocaína e pela
nicotina, causa sensação de euforia.Norepinefrina: Conhecida também como
adrenalina. Faz com que suemos e acelera os batimentos cardíacos.Serotonina:
Uma das mais importantes substâncias da "química do amor", e que pode
fazer com que fiquemos temporariamente insanos.
Estágio 3: 'Apego'
Este é o estágio que se instala após a
atração, se um relacionamento durar. Se a atração durasse para sempre, nada
mais que bebês seriam feitos num relacionamento.
O 'apego' é um compromisso mais longo e este
laço é que mantém os casais juntos.
Ao contrário do que se pensa, a testosterona
também é um hormônio fundamental para o desejo feminino
Neste estágio, cientistas acreditam que dois
hormônios liberados pelo sistema nervoso têm papel na formação de laços.
Vasopressina: Outra importante substância
química nos compromissos de longo termo. Pesquisas com ratos do deserto sugerem
que a supressão de vasopressina em machos faz com que a ligação entre parceiros
deteriore imediatamente, com a perda de devoção e a falha em proteger a
parceira de novos pretendentes.
Oxitocina: Produzida pelo hipotálamo, uma
glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, a
oxitocina ajuda a fortalecer ligações entre casais, segundo cientistas. A
teoria é simples: quanto mais um casal fizer sexo, mais forte o elo entre eles
fica.
Por: Uol
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