Terminou, agora há pouco, em Cuiabá, a
reunião entre representantes dos empresários do ramo de transportes e também
dos caminhoneiros com o governador Pedro Taques (PDT). Em entrevista ao Só
Notícias, o empresário de Lucas do Rio Verde, Gilson Baitaca, que esteve no
encontro, afirmou que durante a conversa ficou definido a criação de um grupo de
estudos para analisar uma possível redução no Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o óleo diesel de 17% para 12% e
também uma tabela com o preço mínimo do frete.
Segundo ele, este grupo de estudos ficou sob
responsabilidade do secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Paulo Brustolin, e
deve ser criado na segunda ou terça-feira. Baitaca disse que estas eram as duas
reivindicações principais em relação ao governo do Estado. As demais seriam de
competência do governo federal, que até o momento não se posicionou sobre o
assunto.
Os grupos que participaram da reunião agora
voltarão para suas bases e devem discutir sobre o assunto provavelmente amanhã
pela manhã. No entanto, o empresário afirmou que a intenção dos manifestantes é
continuar realizando os bloqueios até que uma medida efetiva seja realmente
tomada em favor da categoria.
“Vamos nos reunir amanhã e definir como vamos
proceder nos próximos dias. Poder ser que amanhã liberamos a passagem dos
veículos com cargas em certos horários, mas vamos manter os bloqueios sim”,
disse o empresário.
Com a redução do ICMS, o preço final do
combustível na bomba cairia, o que resultaria também em uma queda na
arrecadação estadual. Por esse motivo, o estudo para saber o impacto econômico
que a medida traria.
O secretário Brustolin já havia informado que
não poderia reduzir de uma hora para outra o imposto sem um estudo prévio. Com
o último aumento autorizado pelo governo federal, em Sorriso, o litro do óleo
diesel foi para R$ 3,05 (preço médio apontado pela ANP), mas pode ser
encontrado por até R$ 3,29 em alguns postos. Em Sinop, varia de R$ 2,98 até R$
3,14 de um posto para outro. Em Lucas, é vendido até R$ 3,24 e, em Nova Mutum,
chega até R$ 3,31.
O bloqueio na BR-163 iniciou na quarta-feira
(18) em Lucas do Rio Verde. Posteriormente, foram realizados em Nova Mutum e
Sorriso. Ontem, foi a vez de Sinop, na altura do trevo de Juara, aderir. Esta
tarde, os caminhoneiros de Rondonópolis também aderiram.
Nesta sexta-feira, os manifestantes decidiram
endurecer o protesto e não liberaram os veículos com cargas não perecíveis no
horário do almoço, como nos dois dias anteriores. A ideia era manter um
bloqueio de 48 horas, porém, com esta resposta do governo, a situação deve
mudar.
Conforme Só Notícias já informou, o bloqueio
se refere somente a carretas e caminhões com cargas não perecíveis (como
grãos). As demais cargas continuam passando, assim como veículos de passeio e
ônibus.
Os manifestantes informaram que o bloqueio
continuou mantido em Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. Neste sábado, já
são 24 horas de bloqueio ininterrupto. Em Sinop e Rondonópolis, houve
desbloqueio, na sexta-feira à tarde. Porém, a paralisação dos caminhões voltou
a ocorrer, na manhã deste sábado.
(Atualizada às 8h50 21/02)
20/02/2015 - 17:25
Fonte: Redação Só Notícias (foto: Só
Notícias/Luiz Ornaghi)
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