Enquanto moradores de Porto Velho, capital de
Rondônia, correm o risco de ficar desabrigados pela cheia do Rio Madeira que já
toma algumas áreas, em Roraima quatro municípios já têm situação de emergência
decretada devido à estiagem que afeta o estado.
Segundo o secretário adjunto de Programas
Especiais e Defesa Civil de Rondônia, coronel José Pimentel, ao menos 60
famílias correm o risco de ter as casas inundadas pela água. “Estamos fazendo o
monitoramento para retirar essas pessoas dos locais de risco com antecedência e
trabalhando na manutenção de estradas alternativas para o transporte de cargas
a fim de evitar o isolamento do Acre.”
De acordo com o engenheiro Franco Buffon, do
Serviço Geológico Brasileiro, o volume do Rio Madeira já está acima da média
para esta época do ano, que é 14 metros, e deve continuar subindo até o final
de março, época de pico nas cheias do rio.
“Atualmente, o nível do rio está em 15,78
metros. Ainda que esteja estabilizado nessa altura há mais ou menos duas
semanas, avaliamos que, até o final do próximo mês, época de pico na cheia do
rio, ele já tenha passado os 16 metros”, disse Buffon.
Ele ressalta que dificilmente o rio vai
chegar ao nível que atingiu no ano passado, 19 metros, na maior cheia desde
1967. “Mas até agora ele já está se configurando para chegar ao segundo
registro mais grave de cheias.”
Em Roraima, os municípios de Mucajaí,
Iracema, Alto Alegre e Amajari tiveram situação de emergência decretada na
sexta-feira (13) devido à estiagem que atinge a região, e outros quatro
enfrentam dificuldades semelhantes: Cantá, Bonfim e Normandia e Caracaraí (na
parte norte).
Segundo o coronel Cleudiomar Ferreira, da
Defesa Civil estadual, para driblar a dificuldade, o governo de Roraima vai
disponibilizar máquinas retroescavadeiras para captar águanas regiões afetadas.
A chuva do ano passado não foi suficiente para normalizar o volume d’água dos
rios. “Alguns igarapés da região estão completamente vazios. Máquinas de
retroplanagem já estão nessas regiões para amenizar a falta d’água e limpar
locais de bebedouro para o gado. Por enquanto, é o que podemos fazer”, disse
Ferreira.
Quanto às comunidades indígenas de Amajari e
aos agricultores de Iracema, que estão sem água potável para consumo humano, o
coronel informou que carros-pipas estão sendo providenciados.
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Jorge Wamburg
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